"A vida é uma explosão. A vida é um pensamento que não pode nascer sem afectar violentamente tudo à sua volta. Tudo à volta de um pensamento morre ao mesmo tempo. O pensamento mata tudo o que se move dentro de um determinado raio. O pensamento é uma bomba. - Charles Pennequin / "- houve poetas metatrônicos que infligiram contusões terminais nos corpos lacerados do poeta [...]; ele se marca em mim, a semente de tudo o que teremos de destruir contra e também esta mesma destruição: a revolução do caos: o poeta terminal do desastre" - Tomas Sidoli. / Este desastre que se agita poeticamente, desejo destruindo a sua origem através das palavras, sobrevivência ocorrendo nas próprias profundezas da vida, mantém o risco de fracasso: o que emergirá do jogo libertador do equívoco pode não ser poético, pode não tocar, pode não fazer sentido... A poesia do desastre dá substância aos "fracassos" da poesia. As nossas leituras fazem assim parte destas experiências vitais que encarnam as nossas presenças cúmplices. A crença na partilha impossível do "nada", a potencialidade do caos organizado: uma comunidade de desastres em corpos vivos, vibrantes, transbordantes de fluidos, de criação superficial.