Neste trabalho, buscou compreender a noção de direito à cidade como algo além da aquisição da casa própria por parte das classes menos favorecidas. O programa nacional de habitação Minha casa, Minha vida, possibilitou uma infinidade de famílias carentes obter uma moradia e sair de áreas de ocupação e insalubres. No entanto, os problemas de infra estrutura e descaso do poder público foram apenas transportados daquela área carente para os novos bairros pobres criados, demonstrando uma gestão da pobreza perversa, onde retira - se os menos favorecidos de um área, sem pensar em todas as implicações que tais mudanças irão gerar. Assim, busco demonstrar como na cidade de Juiz de Fora - MG, a criação de conjuntos habitacionais não resolveu diversos problemas sociais e não possibilitou uma cidadania participativa aos mais carentes, mantendo - os no estigma de locais degradados e indesejáveis, mesmo para as classes médias pobres da cidade.