Reseña del libro "Maria: Invenções de uma vida (en Portugués)"
A perda de entes queridos é capaz de fazer com que a mente humana crie coisas inimagináveis. Construindo situações nas quais as opções são limitadas. Forçando a decidir entre enfrentar ou fugir. O enfrentamento da escolha dessa nova realidade, independentemente de qual seja ela, faz com que se torne obrigatória uma adaptação, sendo ela na reorganização do nosso meio social ou na criação de um meio paralelo, onde se detém o controle de tudo que acontece, na tentativa de suportar os percalços que a vida nos obriga a vivenciar.O enfrentamento fará com que a dor já instalada duplique seu tamanho, dando a sensação que o fardo é pesado demais para ser carregado, porém essa aceitação fará com que o passar do tempo amortize e torne o pesado em leve e o insuportável em possível. Deixando de lembrança uma pequena dor de saudade.A fuga é um remédio de efeito quase imediato. Após o primeiro impacto, todo peso é jogado para o profundo abismo do esquecimento, sendo trancado a sete chaves, em um lugar impenetrável. Entretanto, como em toda escolha, há uma consequência. Com o passar do tempo, o lugar impenetrável começa a corroer, deixando, aos poucos, escapar de forma dissimulada, tudo aquilo que havia sido deixado de lado, provocando dores e tristezas sem saber a real origem.A autopreservação e o instinto ficarão incumbidos da escolha a ser feita. Ao corpo e a mente, cabe resistir.Seria o ser humano capaz de contar a própria história, nua e crua de tudo ruim que a vida lhe deu? E qual seria a sua capacidade de tolerar as amarguras que a vida lhe reserva, sem que haja cicatrizes?Acreditasse que a mente humana possui uma incrível habilidade de autopreservação e de adaptação, capaz de elaborar o mais complexo plano, para que seu "hospedeiro" consiga sair, se não ileso, sem muitas sequelas de qualquer episódio traumático.
